sexta-feira, 23 de março de 2012

Cuidados com o tratamento farmacológico em condutas de atividades físicas.

De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Obesidade, o exercício físico, bem como a mudança geral no estilo de vida, se apresenta como condição "sine qua non" para melhorar um estado de obesidade. Segundo as diretrizes, as drogas utilizadas para tratamento da obesidade no Brasil são: dietilpropiona (anfepramona), femproporex, mazindol, sibutramina e orlistate. Em geral agem interferindo no metabolismo e nutrição, provocando anorexia, isto é, redução ou perda de apetite, ou inibindo a recaptação da serotonina (5-hidroxitriptamina) promovendo saciedade. Embora tenham efeitos comprovados para redução da obesidade, podem trazer consequências que devem ser observadas, principalmente por quem prescreve exercícios para este tipo de população. Normalmente estas substâncias causam taquicardia, com aumento na tensão arterial, dispnéia (geralmente taquipnéia), agitação e ansiedade. Deve-se então observar com cautela os sintomas e não permitir que os efeitos adversos possam prejudicar condutas que somariam efeitos altamente benéficos à este tipo de população.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Mecanismo de inflamação - Abordagem dinâmica.


Em resposta a vários tipos de estímulos nocivos podemos apresentar uma sequência de eventos para tentar debelá-los. Estes eventos são conhecidos como "resposta inflamatória". Após a agressão tecidual, substâncias são liberadas para atrair células de defesa. Para que os leucócitos transitem com maior rapidez e fluidez, é promovida uma vasodilatação (que produz um aumento de fluxo), com consequente hiperemia (vermelhidão) e formação de edema. Após a chegada das células de defesa haverá aumento de metabolismo, consumindo energia e produzindo calor local. A liberação de substâncias locais, associada à formação do edema, produz no local da lesão dores que variam de intensidade quanto ao nível da lesão e quanto ao limiar do afetado. Esse mecanismo de ação gera os sinais cardinais da inflamação que é dor, calor, rubor, edema e tudo isso leva a uma certa perda de função.



Agradecimentos ao Prof. Gabriel Vilas Boas pela contribuição com o vídeo.
Condropatias Patelares - Muito conhecidas, mas pouco combatidas.

Novamente por sugestão da aluna Franciele segue discussão sobre esta enfermidade relativamente comum e pouco prevenida.

As condropatias são sofrimentos (do grego "pathos") das superfícies articulares conhecidas como cartilagens (grego "chondros"). Dentre elas a mais citada é a condromalácia, que se apresenta por um processo inflamatório que amolece (malácia) a cartilagem. A principal área envolvida é a patela (antigamente conhecida como rótula). É um assunto bastante estudado e sua fisiopatologia é bem conhecida. Diversos artigos são publicados sobre o tema, bem como existem muitos sites e revistas eletrônicas discutindo o assunto. Nestes locais vocês podem encontrar os agentes etiológicos, as patogenias (fisiopatologias), as alterações morfológicas e as manifestações clínicas, assim como técnicas de prevenção e tratamento para esta enfermidades.

terça-feira, 13 de março de 2012

Dislipidemia - Grande Risco de Eventos Cardiovasculares.

Os lipídios são essenciais para diversas funções no organismo, que vão desde funções dinâmicas (como sinalização química), estruturais (na formação da membrana plasmática, por exemplo), até energéticas. Os lipídios são, em geral, moléculas apolares que não misturam com água (consequentemente não misturam com o sangue). Para transportar estas moléculas pelo nosso corpo desenvolvemos as chamadas lipoproteinas plasmáticas (que ajudam na solubilidade destas moléculas pela corrente sanguínea). Estas lipoproteínas variam de acordo com a densidade que possuem e são denominadas baseando-se nessas densidades. Dentre os transportados, o colesterol é o lipídio que apresenta maior facilidade de sofrer degeneração (principalmente por oxidação). O colesterol pode ser adquirido através da alimentação, mas pode ser produzido por nossas células através da ação de uma enzima chamada Hidroxi-Metil-Glutaril (HMG) CoA Redutase. Uma pessoa que tem produção intarcelular de colesterol e absorção (pela alimentação) adicional de colesterol, pode desenvolver a entidade clínica conhecida por dislipidemia. Uma pessoa que apresentar tendência a lesão vascular, associado ao excesso de colesterol (concentrado principalmente sob a forma de LDL), pode produzir infiltração tecidual destas moléculas e desenvolver processos inflamatórios que poderiam causar obstrução de vasos sanguíneos, com repercussões altamente catastróficas.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Potencial de Ação - a forma de execução de tarefas pelas células.

O potencial de ação é uma propriedade de mebrana que permite às células executarem as tarefas para as quais foram designadas. Abaixo apresento vídeo que mostra esquematicamente o fenômeno.

Aproveitem e estudem.
A Psicologia do Toque - uma análise sobre conhecimento e aprendizado corporal.


Por sugestão da aluna Franciele Vidal do curso de fisioterapia da Faculdade de Tecnologia e Ciências, estou postando sobre a psicologia do toque. Este é um tema amplo que trata desde a análise do comportamento humano, até a formação da cosnciência corporal e cinesiológica. Há muito se observa o toque como uma razão essencial para o desenvolvimento biopsicosocial. Frases marcantes de pensadores registram o interesse por esse tema. Podemos citar Sócrates: - "Conhece-te a ti mesmo"; Platão: - "A idéia origina o ser", entre outros. Dentre os estudiosos do tema, podemos citar Petho Sandor que criou o conceito de cinesiologia psicológica com a técnica conhecida como Calatonia. Outro autor importante foi Carl Gustav Jung fundador da psicologia analítica e parceiro de Sigmund Freud. Hoje o toque pode ser usado como terapia e o terapeuta move-se mais no eixo sensação/intuição, ao observar seu paciente, ouvi-lo com a ponta dos dedos e deixar que as impressões vindas do inconsciente através da função intuitiva configurem o trabalho a ser realizado.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) - Reabilitação Pulmonar e Qualidade de Vida


De acordo com o II Consenso de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), esta é enfermidade respiratória prevenível e tratável, que se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível.A obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo. Embora a DPOC comprometa os pulmões, ela também produz conseqüências sistêmicas significativas.


A prevalência de DPOC no Brasil é da ordem de 12% da população, ou seja, aproximadamente 5.500.000 pessoas. Segundo o Consenso, ocupa a 6ª colocação nas principais causas de moret (a frente até da Diabetes Mellitus).

É representada pela broquite e pelo enfisema pulmonar. Tem como principal causa o tabagismo e seu diagnóstico é principalmente clínico, com tosse e dispnéia encabeçando a sintomatoloia.

Varios estudos são realizados vem sendo realizados para melhorar o diagnóstico, tratamento e dar mehor qualidade de vida aos portadores de DPOC.
Câncer de colo de útero é o segundo tipo que mais mata mulheres no Brasil


O câncer de cólo de útero é o segundo tipo de neoplasia que mais mata no Brasil (perdendo apenas para o câncer de mama). Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) a estimativa de mortes por esta entidade gira em de 4.800 mulheres por ano. Estima-se ainda a incidência de 17.540 casos só em 2012. Um dos principais vilões associados ao desenvolvimento deste tipo de câncer é o Papiloma Vírus Humano (HPV). Diversas áreas da saúde apresentam interesse particular no estudo deste tipo de tumor, como a medicina, enfermagem e a fisioterapia. Trabalhos de pesquisa envolvendo lesões intraepiteliais cervicais de alto grau (NIC II e NIC III) são amplamente publicados com grande interesse para a medicina e enfermagem. Já existem trabalhos publicados voltados para o tratamento fisioterapêutico nas pincipais disfunções sexuais pós-câncer de cólo de útero, bem como cursos para fisioterapeutas providos pelo próprio INCA.